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quarta-feira, 30 de abril de 2014

A presença da ausência.

Verdade seja dita: As personagens Clara e Marina da novela "Em Familia" são uma gracinha! A história é tratada com tanta delicadeza que há poucos dias me surpreendi com a polêmica gerada em torno delas. No twitter subiam tags pedindo para a Globo não cortar as cenas do casal. Fiquei realmente assustada. Afinal, porque no BBB pode e na novela não? Já questionei isso aqui em outro post, mas ainda não encontrei a resposta.
Em 1998, na novela "Torre de Babel", as personagens de Christiane Torloni e Silvia Pfeifer foram mortas na explosão do shopping, pela falta de aceitação do público. Mas isso em 1998, minha gente. Mal tinhamos internet e TV a cabo, e eramos obrigados a engolir o que a TV aberta nos transmitia. Também havia mais moralismo e menos conhecimento. Mas em pleno 2014, termos a reprovação do publico a respeito de uma história tão bem escrita é de enloquecer minha cabeça. 

Mas ok, vamos falar do que o Maneco tem feito. A novela em geral, vou deixar para um outro post, porque tenho uma visão diferente. Porém o casal Clarina, como é chamado nas redes sociais, tem correspondido as expectativas do meu coração. No início, a paixão avassaladora e rápida demais, me passou uma impressão de exagero. Mas hoje, olhando por um outro aspecto, me dei conta de que todo casal de novela é assim. Então porque com um casal gay não poderia ocorrer da mesma forma?
Depois desse inicio, vieram as dúvidas e os conflitos da personagem da Giovanna Antonelli, e esse romance desacelerou. Gente, é assim que acontece mesmo. Para uma pessoa que vive um relacionamento hetero, e mais que isso, tem um filho, tudo é pensado e questionado. No início o encantamento toma conta, mas depois que a ficha cai meu amigo, vem os problemas. E é dessa maneira que o Manoel Carlos vem tratando a história.
Se analisarmos bem, as duas na verdade estão mais proximas que antes. A Clara sabe que esta apaixonada por Marina. E Marina sabe que precisa esperar. O que esta acontecendo menos é toque físico. Mas se tratando de uma novela das 21h, onde se tem telespectadores de todos os jeitos, é preciso fazer com que, quem esta assistindo, se apaixone também pelas duas. E o Maneco esta escrevendo um texto sutil, delicado e deixando brechas para a curiosidade.
Vocês querem minha opinião? Elas vão ficar juntas e ter um belo final feliz. Mas até la, muita água vai rolar. E vamos ter que ficar com a presença da ausência do amor.
Mariana Berardinelli


sexta-feira, 18 de abril de 2014

How I met your Mother

Não existe a menor possibilidade desse texto ter um conteúdo técnico e critico sobre a série. Tudo que eu escrever por aqui serão palavras soltas da minha cabeça, mas com sentimentos guardados por meses. Talvez, ou melhor, com certeza, muita gente não va entender metade do que eu diga, mas desculpa se eu decepcioná-los, é que meu desabafo necessita de um espaço nesse blog. Vamos lá:
Se um dia eu reconhece-los, é porque eu nunca os esqueci. E é meio impossível isso acontecer, ja que carrego nosso nome em forma de tatuagem. Se vocês se perguntam se eu tive medo, respondo que apenas tomei coragem um pouco antes que vocês. Sai de um mundo para conhecer outro. E não. Era impossível manter os dois juntos. Eu tentei, juro que tentei. Mas me sentia sufocada pela bolha invisível que sempre nos fechou.  
Engraçado, eu sempre cogitei esse final de "Mother". Mas nunca fui levada a sério. Nem por mim mesma, na verdade. Só que tem uma coisa que eu não vou esquecer: A pessoa que me apresentou a série. Para você meu amigo, deixo de lembrança a minha humildade. 
Eu também não posso esquecer quem me ajudou nas técnicas de um roteiro. Não estou me referindo a dom, mas sim a estudos. E para você, minha amiga, deixo de lembrança minha coragem. Aliás, estou escrevendo esse texto ouvindo BSB. Obrigada por isso também. 
Tem alguém que não teve muito o que me ensinar diretamente, mas me deixou feliz diversas vezes apenas por me ouvir. E eu acho que você ja se sentiu sufocado também. Calma, não tem problema. É só deixar o medo do novo de lado. Posso te garantir que da certo.
Bom, tem um cara que eu não posso lembrar, porque simplesmente nunca vou esqueçer. Você ainda é meu irmão. Para você deixo a certeza de um reencontro. 
Tudo isso foi para dizer que nada no mundo me fará esquecer o que eu vivi. Eu não preciso receber um convite de uma festa para ser lembrada, simplesmente porque o fato de um não ter o convite é a prova de que vocês queriam que eu estivesse la. E eu estava. Em cada memória de espetáculo ou mesa de bar. Então obrigada pela lembrança.  
E obrigada também por me fazer entender que precisamos crescer. Não falo de morar sozinha, conseguir um bom emprego, casar e tudo mais que manda o figurino. Mas por encarar o meu medo de ter medo. Eu tenho medo ainda sim, mas quando olho para o lado ele se vai. Porque tem alguém para segurar a minha mão e dizer: Ok, vai dar tudo certo agora. 
Bom, agora eu preciso ir. Já são 7:25 e ainda não dormi. E juro, acabo de me dar conta que hoje é sexta-feira santa. Por algum motivo o destino quis que eu terminasse de assistir "How I met your Mother" nessa data. E olha só, esta ai uma coisa em que fui a ultima do "time" a fazer. 
Até logo!


terça-feira, 1 de abril de 2014

#Vancampeã

Eu nunca tive pay per view. Sempre acompanhei os programas apenas pela edição da Globo. Muitas dessas vezes não tinha sequer um favorito. Mas esse ano, morando "sozinha", tive pela primeira vez a oportunidade de ter 24 horas os brothers em casa. E olha que coisa: Acabei me identificando e me envovelndo com duas participantes, fervorosamente. Clara e Vanessa! #Clanessa
Com a primeira eu me identifiquei pela liberdade. Por ela não ter medo do que as pessoas pensariam de suas atitudes. Coisa essa, que adquiri com o tempo e com as pancadas da vida. Com a segunda, pelo fato de sempre ser o patinho feio (Apesar do corpo incrível que tem). Por se sentir excluída das pessoas. Por ser julgada sem um motivo concreto. Me identifiquei com sua causa pelos animais. Sempre tive cachorros na família e ja sofri com a perda de dois. E me identifiquei com as duas formando um casal, me identifiquei com o amor misturado com a amizade. Algo que sempre busquei e hoje tenho em casa. 


Hoje com a final do programa fiquei um pouco órfã. Parece que falta alguém e algo para me fazer companhia. E acredito que muitos estejam com esse mesmo sentimento agora.
Bom, uma das minha favoritas ganhou. E merecidamente. Acredito que saberá empregar bem esse milhão. Afinal, ela tem uma linda causa.
A edição da final não foi uma das melhores, nem mesmo o programa como um todo. Mas nesses três meses venho pensando bastante a respeito desse entretenimento. Talvez a Globo, ou melhor, o Boninho, não acerte sempre. Até porque manter 14 anos o mesmo formato, sempre tentando inovar e acertar na escolha dos participantes, não deve ser uma tarefa fácil. Porém, perecebi algo: O que interessa é atingir um público com a história de cada um daqueles personagens. Assim como acontece em uma novela. Formar casais, separar esses casais e escolher o par favorito! E as pessoas precisam brigar, afinal precisamos tomar partido de algo. Assim como tudo na vida. Ficar em cima do muro, nem sempre é ser legal e justo.
Ai entra aquela questão de como será que o telespectador vai se comportar dessa vez. E o que naquele ano vai se destacar mais. No caso de 2014 foi o casal #clanessa, que conquistou uma torcida adolescente apaixonada. Adolescentes sim. Uma nova geração. Que suga aquilo que tem disponível para sugar. Afinal, nessa idade os sentimentos estão a flor da pele. Adolescentes que ficaram dias, madrugadas votando para defender aquilo que acreditavam e admiravam. E uma delas ganhou. Vanessa Mesquita! 

E será que isso é um sinal de novos tempos? De tempos modernos? Um novo começo de era? De gente fina, elegante e sincera? Pois bem meus queridos, nossas visões e crenças estão mudando. Ou melhor: Evoluindo! Afinal, não há tempo que volte! Então, vamos viver tudo que há pra viver e vamos nos permitir?