"Eu
voltei agora pra ficar. Porque aqui, AQUI é o meu lugar..."
Gente,
por motivos pessoais/profissionais tive que ficar esse período sem atualizar o
blog. Mas eu duvido também, que no meio da Copa do mundo, alguém ia se
interessar em ler sobre televisão, cultura, publicidade ou qualquer outra coisa que não fosse futebol. Mas depois da
derrota de 7x1 do Brasil, melhor voltarmos a vida real para esquecer essa
vergonha internacional. Então vamos ao que interessa:
Agora
vamos falar um pouco mais sobre a novela "Em Família" que do nada
resolveu acabar. Gente, quem souber me responde: Teve novela mesmo?
A impressão que eu tenho é que nada aconteceu até duas semanas
atrás, e que a história resolveu andar e causar emoção do último mês para cá.
Quando o Virgílio (Humberto Martins) resolveu tirar a cicatriz
no rosto, comecei a entender a mensagem quase subliminar que o Maneco pretendia
passar. E não é porque eu sou lerda não minha gente, até porque, modéstia a
parte, de novela eu entendo (Não que isso seja motivo de orgulho). Mas
infelizmente ele não foi bem sucedido. Então vamos ler a minha percepção de
tudo:
Aquela cicatriz no rosto de Virgílio representava a cicatriz
interna causada em toda a família, após a tragédia ocorrida em Goiânia.
Tira-la, então, significava deixar todo o passado para trás, que por muitos
anos foi carregado como um peso e encarado como tabu.
O reaparecimento de Laerte (Gabriel Braga Nunes) era necessário
para finalmente tudo ser posto para fora, nem que isso causasse mais dor e
sofrimento. Enquanto a ferida não fosse fechada, aquela família não poderia ser
realmente feliz. E mais, a Luiza (Bruna Marquezine) fez com que todos
revivessem aquele trágico fato de novo. Estava dando, talvez, a oportunidade de
Laerte finalmente ter o final feliz que tanto esperava viver com Helena, mas
dessa vez com outra mulher, que na cabeça dele, a representava. Ou então, o
dava a chance de voltar a demonstrar sua verdadeira personalidade que ficou por
tantos anos escondida na Europa. Era uma chance de cura de uma patologia
perigosa. Seja essa cura através de um final feliz ou infeliz, dependendo do
ponto de vista.
Isso tudo parece muito óbvio, mas a verdade é que não foi
passada com clareza para o público. A novela passou praticamente despercebida e
ficou perdida diversas vezes no tempo. Cronologicamente, o telespectador teve
dificuldade de compreender qual época aconteciam os fatos. Nesses últimos
capítulos, por exemplo, pulava-se de uma cena para a outra com a mesma
personagem em lugares diferentes. Eu sei que em novela, o tempo é diferente do
da realidade. Mas um pouco de bom senso, as vezes não faz mal a ninguém.
Agora estamos tendo uma surpresa a cada dia no horário nobre. A
novela finalmente está prendendo a minha atenção. “Ah Mariana, então isso é uma
coisa boa né!?” O problema meu querido leitor, é isso ter acontecido apenas no
final. Mesmo todos nós sabendo que novela é uma obra aberta e tem que durar no mínimo
6 meses, por isso as vezes é preciso enrolar, deixar para resolver tudo nos últimos
capítulos não é a melhor opção. Como aconteceu com “Mulheres Apaixonadas” no
ano de 2003, Maneco vem cometendo o mesmo erro. E por coincidência, nessa mesma
novela ele disse ser a última de sua autoria. É Maneco, acho que anunciar o fim
da sua carreira na Teledramaturgia não tem leva muita sorte. Melhor fazer mais
uma depois de “Em Família” só pra garantir.
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