Pesquisar este blog

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Em Família passa despercebida e causa sustos com final repentino.

"Eu voltei agora pra ficar. Porque aqui, AQUI é o meu lugar..." 
Gente, por motivos pessoais/profissionais tive que ficar esse período sem atualizar o blog. Mas eu duvido também, que no meio da Copa do mundo, alguém ia se interessar em ler sobre televisão, cultura, publicidade ou qualquer outra coisa que não fosse futebol. Mas depois da derrota de 7x1 do Brasil, melhor voltarmos a vida real para esquecer essa vergonha internacional. Então vamos ao que interessa:
Agora vamos falar um pouco mais sobre a novela "Em Família" que do nada resolveu acabar. Gente, quem souber me responde: Teve novela mesmo?
A impressão que eu tenho é que nada aconteceu até duas semanas atrás, e que a história resolveu andar e causar emoção do último mês para cá.
Quando o Virgílio (Humberto Martins) resolveu tirar a cicatriz no rosto, comecei a entender a mensagem quase subliminar que o Maneco pretendia passar. E não é porque eu sou lerda não minha gente, até porque, modéstia a parte, de novela eu entendo (Não que isso seja motivo de orgulho). Mas infelizmente ele não foi bem sucedido. Então vamos ler a minha percepção de tudo:
Aquela cicatriz no rosto de Virgílio representava a cicatriz interna causada em toda a família, após a tragédia ocorrida em Goiânia. Tira-la, então, significava deixar todo o passado para trás, que por muitos anos foi carregado como um peso e encarado como tabu.


O reaparecimento de Laerte (Gabriel Braga Nunes) era necessário para finalmente tudo ser posto para fora, nem que isso causasse mais dor e sofrimento. Enquanto a ferida não fosse fechada, aquela família não poderia ser realmente feliz. E mais, a Luiza (Bruna Marquezine) fez com que todos revivessem aquele trágico fato de novo. Estava dando, talvez, a oportunidade de Laerte finalmente ter o final feliz que tanto esperava viver com Helena, mas dessa vez com outra mulher, que na cabeça dele, a representava. Ou então, o dava a chance de voltar a demonstrar sua verdadeira personalidade que ficou por tantos anos escondida na Europa. Era uma chance de cura de uma patologia perigosa. Seja essa cura através de um final feliz ou infeliz, dependendo do ponto de vista.


Isso tudo parece muito óbvio, mas a verdade é que não foi passada com clareza para o público. A novela passou praticamente despercebida e ficou perdida diversas vezes no tempo. Cronologicamente, o telespectador teve dificuldade de compreender qual época aconteciam os fatos. Nesses últimos capítulos, por exemplo, pulava-se de uma cena para a outra com a mesma personagem em lugares diferentes. Eu sei que em novela, o tempo é diferente do da realidade. Mas um pouco de bom senso, as vezes não faz mal a ninguém.
Agora estamos tendo uma surpresa a cada dia no horário nobre. A novela finalmente está prendendo a minha atenção. “Ah Mariana, então isso é uma coisa boa né!?” O problema meu querido leitor, é isso ter acontecido apenas no final. Mesmo todos nós sabendo que novela é uma obra aberta e tem que durar no mínimo 6 meses, por isso as vezes é preciso enrolar, deixar para resolver tudo nos últimos capítulos não é a melhor opção. Como aconteceu com “Mulheres Apaixonadas” no ano de 2003, Maneco vem cometendo o mesmo erro. E por coincidência, nessa mesma novela ele disse ser a última de sua autoria. É Maneco, acho que anunciar o fim da sua carreira na Teledramaturgia não tem leva muita sorte. Melhor fazer mais uma depois de “Em Família” só pra garantir.


Nenhum comentário:

Postar um comentário